Temos em Portugal neste momento uma escolha a fazer. Ou resistimos à invasão estatal aos nossos bolsos, ou deixamos que o destino do fruto do nosso trabalho seja determinado por alguém externo a nós. É aceitável, para quem ama a existência de regra e ordem, que haja contribuição dos cidadãos para a manutenção dessa mesma ordem. O desenvolvimento técnico e científico só pode ocorrer sadiamente num ambiente estável, pelo que é aconselhável que todos nos esforcemos para a existência de paz e tolerância entre todos, assim como o estímulo à participação voluntária em acções de teor caritativo. O Estado foi assumindo estas funções caritativas, e transformando a entrega voluntária de fundos pelos cidadãos anónimos para efeitos de caridade para com os mais necessitados, em entregas mandatórias de rendimentos para redistribuição e sustentação de programas de apoio à pobreza e exclusão social que, tendo as melhores intenções, se esqueceu de prever a tendência humana para a preguiça e o laxismo. Ora, será justo que os poucos que ainda produzem e vivem do seu trabalho sejam despojados do seu capital para o sustento dos que por incompetência ou infortúnio, perderam o seu sustento? Não será a privação de fundos o maior dos incentivos para o esforço pessoal para o trabalho? Que mensagem está a nossa sociedade a enviar às próximas gerações quanto ao valor do trabalho? E quanto ao valor da responsabilidade pessoal de cada um pela sua própria vida?
Friday, 15 October 2010
Friday, 17 September 2010
A opressão mascarada
O país caminha em direcção ao abismo, e ninguém se figura consistente ou firme o suficiente para tomar as medidas necessárias. Elas são óbvias, quiçá para todos os governantes e aspirantes, mas nenhum se presta a assumir as responsabilidades de Estado que as circunstâncias exigem.
O conceito de Estado social é interessante para qualquer pessoa caridosa, pois incorpora ideais cristãos e transporta para um nível superior ao individual a obrigação moral de auxílio ao próximo. E aqui é que eu, embora cristão, tenho de discordar desta visão de Estado. Se em situação favorável, como uma situação económico-financeira estável, pode parecer aceitável um Executivo se pode responsabilizar por oferecer a quem precisa um pouco de ajuda social, na área da Saúde por exemplo, quando a situação muda (como é natural que aconteça), os fundos utilizados para essa ajuda vão fazer falta para mais facilmente realizar a recuperação económica. Os dividendos obtidos numa empresa devem ser aproveitados por esta para investir no seu desenvolvimento. Sobrecarregar qualquer empreendimento privado de impostos e restrições só desaconselha o investimento e afasta o capital, provocando o prolongamento das dificuldades e a deterioração do tecido social.
Ao basear a ajuda social na subtracção de capital a quem produz, o Estado social apenas promove a fuga fiscal e o aumento de sentimento de injustiça em quem se mantém no activo. Estes indivíduos, que continuam a trabalhar, vendo a falta de esforço dos compatriotas subsidiados em alterar a sua situação, alienam-se do sentimento cooperativo e distanciam-se emocionalmente do sofrimento de certas franjas da sociedade mais carenciadas. Sentimento que aumenta quando algum empreendedor falha e, por falta dos fundos que entregou ao Estado, tem de abrir falência e provocar desemprego. Desta forma, o Estado social, pretendendo promover o auxílio e a interajuda social, substituindo os órgãos religiosos na mobilização caritativa dos cidadãos, apenas consegue gerar descontentamento, pois em vez de suportar a sua acção no estímulo ao voluntarismo, apoia-se na obrigação da participação compulsiva.
Assim, um qualquer cidadão, em vez de apoiar o outro de maneira sustentada e equilibrada, é forçado a dar o que tem, e por vezes o que não tem, para satisfazer as exigências estatais. Põe-se então a si mesmo e à sua família em perigo para cumprir as suas supostas obrigações sociais. Este comportamento não é lógico e só se perpetua devido ao medo das sanções com que o Estado ameaça este indivíduo em caso de incumprimento. Isto é opressão... e um Estado baseado na opressão ao invés do voluntarismo individual é um Estado sem Liberdade.
A solução que considero então evidente é uma pausa no Estado social até que as condições permitam a ele regressar, se for essa a disposição futura da população. O que eu considero imoral é forçar os cidadãos que nunca se aproveitaram da situação auxiliativa do Estado, sejam agora neste momento tão difícil forçados a suportá-la. Mesmo sob o pretexto de que qualquer dia terão de a ela recorrer (o que é falso para certos sectores da sociedade, como as profissões liberais e os empresários), não é correcto forçar a sua participação. Todo o indivíduo tem o direito de decidir em que é aplicado o fruto do seu trabalho. Se o seu capital lhe é retirado e usado em algo externo à sua decisão, e muitas vezes contrário à sua convicção (como no caso do aborto), então esse indivíduo vive num Estado opressivo e tirânico.
O conceito de Estado social é interessante para qualquer pessoa caridosa, pois incorpora ideais cristãos e transporta para um nível superior ao individual a obrigação moral de auxílio ao próximo. E aqui é que eu, embora cristão, tenho de discordar desta visão de Estado. Se em situação favorável, como uma situação económico-financeira estável, pode parecer aceitável um Executivo se pode responsabilizar por oferecer a quem precisa um pouco de ajuda social, na área da Saúde por exemplo, quando a situação muda (como é natural que aconteça), os fundos utilizados para essa ajuda vão fazer falta para mais facilmente realizar a recuperação económica. Os dividendos obtidos numa empresa devem ser aproveitados por esta para investir no seu desenvolvimento. Sobrecarregar qualquer empreendimento privado de impostos e restrições só desaconselha o investimento e afasta o capital, provocando o prolongamento das dificuldades e a deterioração do tecido social.
Ao basear a ajuda social na subtracção de capital a quem produz, o Estado social apenas promove a fuga fiscal e o aumento de sentimento de injustiça em quem se mantém no activo. Estes indivíduos, que continuam a trabalhar, vendo a falta de esforço dos compatriotas subsidiados em alterar a sua situação, alienam-se do sentimento cooperativo e distanciam-se emocionalmente do sofrimento de certas franjas da sociedade mais carenciadas. Sentimento que aumenta quando algum empreendedor falha e, por falta dos fundos que entregou ao Estado, tem de abrir falência e provocar desemprego. Desta forma, o Estado social, pretendendo promover o auxílio e a interajuda social, substituindo os órgãos religiosos na mobilização caritativa dos cidadãos, apenas consegue gerar descontentamento, pois em vez de suportar a sua acção no estímulo ao voluntarismo, apoia-se na obrigação da participação compulsiva.
Assim, um qualquer cidadão, em vez de apoiar o outro de maneira sustentada e equilibrada, é forçado a dar o que tem, e por vezes o que não tem, para satisfazer as exigências estatais. Põe-se então a si mesmo e à sua família em perigo para cumprir as suas supostas obrigações sociais. Este comportamento não é lógico e só se perpetua devido ao medo das sanções com que o Estado ameaça este indivíduo em caso de incumprimento. Isto é opressão... e um Estado baseado na opressão ao invés do voluntarismo individual é um Estado sem Liberdade.
A solução que considero então evidente é uma pausa no Estado social até que as condições permitam a ele regressar, se for essa a disposição futura da população. O que eu considero imoral é forçar os cidadãos que nunca se aproveitaram da situação auxiliativa do Estado, sejam agora neste momento tão difícil forçados a suportá-la. Mesmo sob o pretexto de que qualquer dia terão de a ela recorrer (o que é falso para certos sectores da sociedade, como as profissões liberais e os empresários), não é correcto forçar a sua participação. Todo o indivíduo tem o direito de decidir em que é aplicado o fruto do seu trabalho. Se o seu capital lhe é retirado e usado em algo externo à sua decisão, e muitas vezes contrário à sua convicção (como no caso do aborto), então esse indivíduo vive num Estado opressivo e tirânico.
Tuesday, 13 July 2010
Os berços de ouro
Também posso ter uma progressão profissional assim? Pois não, o meu pai não é maestro...
"Desde 2005 que Inês de Medeiros declara rendimentos sobre a actividade artística e literária, em que 50% da verba está isenta de imposto. A deputada ainda não entregoua declaração de IRS de 2009.
ANO/RENDIMENTO BRUTO
2005: 4250 € (categoria B)
2006: 2700 € (categoria B)
2007: 18 000 € (categoria B)
2008: 16 609 € (categoria B)
2009: 22 517 € (categoria B)
12 647 € (categoria A)"
Fonte: Correio da Manhã
Sunday, 30 May 2010
Ao "pai" da democracia
Como posso eu respeitar um homem
Que fugindo saltou a fronteira,
Para mais tarde se tornar presidente
Da República à qual queimou a bandeira?
Seu filho do ar caiu
Rodeado de traficantes,
No chão aterrou com o marfim
E os seus sonhos de diamantes...
E vem agora um sobrinho
Amigo de novo Primeiro
Tão honesto como o primo
Em voo chegando ao poleiro.
Mostrou a tecnologia
De que massa é o bolo feito,
Um montanha de ovos podres
Que dão Só ares de respeito!
Até quando suportaremos
Esta família infernal,
Infestada de sanguessugas
Que esgotam o povo de Portugal.
Que fugindo saltou a fronteira,
Para mais tarde se tornar presidente
Da República à qual queimou a bandeira?
Seu filho do ar caiu
Rodeado de traficantes,
No chão aterrou com o marfim
E os seus sonhos de diamantes...
E vem agora um sobrinho
Amigo de novo Primeiro
Tão honesto como o primo
Em voo chegando ao poleiro.
Mostrou a tecnologia
De que massa é o bolo feito,
Um montanha de ovos podres
Que dão Só ares de respeito!
Até quando suportaremos
Esta família infernal,
Infestada de sanguessugas
Que esgotam o povo de Portugal.
Thursday, 13 May 2010
Desabafos...
E ao fim de meses de silêncio, heis que o meu vulcão interior, em sintonia com o islandês, dá sinais de querer vomitar algumas das minhas verdades...
1 - Como pode um senhor suspeito de crimes como desvio de fundos E práticas pedófilas ter credibilidade suficiente para chegar a uma lista partidária? Como pode este mesmo senhor, embora nunca tendo sido levado a julgamento (algo que um político corrupto e influente não consegue fazer na República das Bananas), conseguir um lugar de destaque na bancada parlamentar para a qual conseguiu ser eleito? Como pode ainda ser admitido que proceda ao extravio de gravadores de jornalistas durante uma entrevista que ele voluntariamente concordou realizar? Como pode, depois de tudo isto, ser elevado a adjunto do Primeiro-Ministro para a Segurança Interna? E após este churrilho, como podem tentar lavar-lhe a imagem, enviando-o para o canal público em representação do partido do governo? Este homem devia ser posto a um canto, forçado a resignar, pois não tem carácter para ocupar o cargo de responsável da nação! O cargo de deputado está hoje muito diminuído, em importância e responsabilidade, pois a voz de cada um que o ocupa é diluída na disciplina partidária, mas felizmente muitas são as vozes que se vão levantando em defesa daquilo que realmente lhes foi confiado, a representação individual da região que os elegeu.
2 - Depois de ter visto o sócrates a prometer, a afirmar, a dizer (chamem-lhe o que quiserem; para mim, a palavra de um homem é sempre uma promessa...) que não haveria aumento de impostos, vem agora, por ter sido desmascarado no défice real do país, pedir mais esforço aos cidadãos. E não fosse Passos Coelho e o amigo do país ao lado, não se lembraria de incluir o exemplo governamental na baixa salarial. Este sócrates é um fuinha. Só na última, quando vê que é impossível fugir a isso, é que faz a coisa difícil, é que se resolve a aceitar que o Estado não tem capital para "investir", que não chega o que ainda contribuinte entrega para cobrir a despesa que o governo socialista quer suportar. É pena! Com o dinheiro que esbanjou em ajuda social, poderíamos há muito ter saído desta crise, pois se não tivesse subsidiado a preguiça e substituído o investimento privado na recuperação económica, não estaria agora embrulhado na contradição de obras megalómanas contemporâneas de sacrifícios desmedidos para a população. Contudo, isto só espanta os desatentos... Em tempo de apostar no país, em que as vacas ainda não passavam muita fome, o Primeiro-Ministro, em vez de promover o país pela sua presença em estâncias turísticas nacionais, onde com certeza também descansaria, preferiu os Alpes e a savana para as férias familiares. Mais uma vez, é pena! Foi mais uma oportunidade perdida...
3 - Que raciocínio leva alguém a concluir que aumentar impostos reaviva o mercado? Como é que as empresas conseguem arrancar a sua actividade com o mesmo ou menor negócio e com menos dinheiro, devido a impostos? Em que é que um Estado irresponsável, mau pagador, esbanjador do dinheiro que lhe entregam e caloteiro para com quem lhe empresta irá aplicar o capital que arrecadar com impostos mais pesados? Pagar a dívida que já tem, por causa de pedir para dar, é uma hipótese. Aplicar em betão e ferro, em obras públicas que levarão, sem dúvida, a mais derrapanços orçamentais e corrupção, passiva ou activa, e joguinhos de interesses, é outra opção. Distribuir em "apoio social" porque a riqueza é imoral e ganhar mais do que a média nunca é sinal de trabalho e inovação, mas de ladroagem que deve ser punida com a redistribuição, também é opção. Mas converter-se-à alguma destas em real crescimento, em emprego fora do erário público e em decréscimo a médio prazo do défice público? Não! A única medida que realmente coloca as contas em ordem é a saída do Estado da Economia, a paragem de empregamento da população pelo Estado, pois só estando os cidadãos a trabalhar no sector privado produzirão real riqueza, aumento efectivo do PIB e diminuição sustentada do défice, já que do Estado sairá menos dinheiro e entrará mais capital.
4 - Nos EUA em 1921, no Japão em 1945 e em Hong Kong em 1970, o Mercado Livre foi deixado na sua máxima expressão: quase sem impostos e com liberdade quase total de actuação pelas empresas. O resultado: em poucos meses, tiveram crescimentos assombrosos, e a riqueza bruta começou a aumentar exponencialmente. O desemprego nestes países diminuiu também drasticamente; e embora os empregos fossem aquilo que os sindicalistas chamam precário, eram-no porque as pessoas também assim os criam, pois assim podiam lutar por subidas na hierarquia, e de acordo com as suas capacidades e competências, que iam aumentando com o tempo e a experiência. Eram todos também obrigados a competir entre si e dar sempre o máximo. No final, todos ganhavam e todos ficavam satisfeitos. Quem não produzia, ou começava a fazê-lo ou caía na escala laboral, sendo "obrigado" a perceber que sem trabalho não há riqueza. A lição de que é preciso aprender com as tanto derrotas como com as vitórias era transversal na sociedade, ensinado às novas gerações, e com isso toda a sociedade ganhou, em melhoria da qualidade de vida e aumento das potencialidades dos cidadãos.
5 - Se queremos ter uma sociedade dustentável, ela tem de assentar na premissa da Justiça cega e igual para todos, e não numa justiça social, desigual entre cidadãos, promotora de valores utópicos impossíveis de conseguir. Os humanos não são todos iguais, nem à nascença. Não podemos assegurar-lhes pontos de partida iguais, apenas que terão igual tratamento perante a Lei. Assim assegura-se que existe real Justiça, e que ninguém está acima da Lei.
Conclusão: libertei um certo peso que me puxava para o fundo, mas o problema não está resolvido. É uma situação triste, aquela que a "geração Guterres+sócrates" deixou para nós resolvermos. Será positivo se a minha geração perceber que basta de Estado, canhotices e entraves ao funcionamento da Economia, que basta de considerar qualquer empresa "demasiado grande para cair", ou que o Estado é soberano sobre a nossa vida, liberdade ou capital. No final, à minha geração é deixada uma questão: afinal, quem trabalha para quem? É o Estado que trabalha para os cidadãos, ou os cidadãos que trabalham para o Estado? Pelos números actuais, o cidadão médio tem de trabalhar já 5 meses só para impostos. Eu considero isto o meio-caminho para a escravatura, ou para o comunismo. Se outros pensam diferente, reservo-lhes o direito a tal, mas não ao controlo da minha vida, liberdade e capital para levarem a cabo as suas "soluções milagrosas". Para isso, usem o próprio capital - monetário, proprietário ou intelectual! Mas deixem o meu em paz. Não me peçam nada, eu nada pedirei também... Neste acordo voluntário concordo coexistir; caso contrário, mais nenhuma solução vislumbro, senão partir.
1 - Como pode um senhor suspeito de crimes como desvio de fundos E práticas pedófilas ter credibilidade suficiente para chegar a uma lista partidária? Como pode este mesmo senhor, embora nunca tendo sido levado a julgamento (algo que um político corrupto e influente não consegue fazer na República das Bananas), conseguir um lugar de destaque na bancada parlamentar para a qual conseguiu ser eleito? Como pode ainda ser admitido que proceda ao extravio de gravadores de jornalistas durante uma entrevista que ele voluntariamente concordou realizar? Como pode, depois de tudo isto, ser elevado a adjunto do Primeiro-Ministro para a Segurança Interna? E após este churrilho, como podem tentar lavar-lhe a imagem, enviando-o para o canal público em representação do partido do governo? Este homem devia ser posto a um canto, forçado a resignar, pois não tem carácter para ocupar o cargo de responsável da nação! O cargo de deputado está hoje muito diminuído, em importância e responsabilidade, pois a voz de cada um que o ocupa é diluída na disciplina partidária, mas felizmente muitas são as vozes que se vão levantando em defesa daquilo que realmente lhes foi confiado, a representação individual da região que os elegeu.
2 - Depois de ter visto o sócrates a prometer, a afirmar, a dizer (chamem-lhe o que quiserem; para mim, a palavra de um homem é sempre uma promessa...) que não haveria aumento de impostos, vem agora, por ter sido desmascarado no défice real do país, pedir mais esforço aos cidadãos. E não fosse Passos Coelho e o amigo do país ao lado, não se lembraria de incluir o exemplo governamental na baixa salarial. Este sócrates é um fuinha. Só na última, quando vê que é impossível fugir a isso, é que faz a coisa difícil, é que se resolve a aceitar que o Estado não tem capital para "investir", que não chega o que ainda contribuinte entrega para cobrir a despesa que o governo socialista quer suportar. É pena! Com o dinheiro que esbanjou em ajuda social, poderíamos há muito ter saído desta crise, pois se não tivesse subsidiado a preguiça e substituído o investimento privado na recuperação económica, não estaria agora embrulhado na contradição de obras megalómanas contemporâneas de sacrifícios desmedidos para a população. Contudo, isto só espanta os desatentos... Em tempo de apostar no país, em que as vacas ainda não passavam muita fome, o Primeiro-Ministro, em vez de promover o país pela sua presença em estâncias turísticas nacionais, onde com certeza também descansaria, preferiu os Alpes e a savana para as férias familiares. Mais uma vez, é pena! Foi mais uma oportunidade perdida...
3 - Que raciocínio leva alguém a concluir que aumentar impostos reaviva o mercado? Como é que as empresas conseguem arrancar a sua actividade com o mesmo ou menor negócio e com menos dinheiro, devido a impostos? Em que é que um Estado irresponsável, mau pagador, esbanjador do dinheiro que lhe entregam e caloteiro para com quem lhe empresta irá aplicar o capital que arrecadar com impostos mais pesados? Pagar a dívida que já tem, por causa de pedir para dar, é uma hipótese. Aplicar em betão e ferro, em obras públicas que levarão, sem dúvida, a mais derrapanços orçamentais e corrupção, passiva ou activa, e joguinhos de interesses, é outra opção. Distribuir em "apoio social" porque a riqueza é imoral e ganhar mais do que a média nunca é sinal de trabalho e inovação, mas de ladroagem que deve ser punida com a redistribuição, também é opção. Mas converter-se-à alguma destas em real crescimento, em emprego fora do erário público e em decréscimo a médio prazo do défice público? Não! A única medida que realmente coloca as contas em ordem é a saída do Estado da Economia, a paragem de empregamento da população pelo Estado, pois só estando os cidadãos a trabalhar no sector privado produzirão real riqueza, aumento efectivo do PIB e diminuição sustentada do défice, já que do Estado sairá menos dinheiro e entrará mais capital.
4 - Nos EUA em 1921, no Japão em 1945 e em Hong Kong em 1970, o Mercado Livre foi deixado na sua máxima expressão: quase sem impostos e com liberdade quase total de actuação pelas empresas. O resultado: em poucos meses, tiveram crescimentos assombrosos, e a riqueza bruta começou a aumentar exponencialmente. O desemprego nestes países diminuiu também drasticamente; e embora os empregos fossem aquilo que os sindicalistas chamam precário, eram-no porque as pessoas também assim os criam, pois assim podiam lutar por subidas na hierarquia, e de acordo com as suas capacidades e competências, que iam aumentando com o tempo e a experiência. Eram todos também obrigados a competir entre si e dar sempre o máximo. No final, todos ganhavam e todos ficavam satisfeitos. Quem não produzia, ou começava a fazê-lo ou caía na escala laboral, sendo "obrigado" a perceber que sem trabalho não há riqueza. A lição de que é preciso aprender com as tanto derrotas como com as vitórias era transversal na sociedade, ensinado às novas gerações, e com isso toda a sociedade ganhou, em melhoria da qualidade de vida e aumento das potencialidades dos cidadãos.
5 - Se queremos ter uma sociedade dustentável, ela tem de assentar na premissa da Justiça cega e igual para todos, e não numa justiça social, desigual entre cidadãos, promotora de valores utópicos impossíveis de conseguir. Os humanos não são todos iguais, nem à nascença. Não podemos assegurar-lhes pontos de partida iguais, apenas que terão igual tratamento perante a Lei. Assim assegura-se que existe real Justiça, e que ninguém está acima da Lei.
Conclusão: libertei um certo peso que me puxava para o fundo, mas o problema não está resolvido. É uma situação triste, aquela que a "geração Guterres+sócrates" deixou para nós resolvermos. Será positivo se a minha geração perceber que basta de Estado, canhotices e entraves ao funcionamento da Economia, que basta de considerar qualquer empresa "demasiado grande para cair", ou que o Estado é soberano sobre a nossa vida, liberdade ou capital. No final, à minha geração é deixada uma questão: afinal, quem trabalha para quem? É o Estado que trabalha para os cidadãos, ou os cidadãos que trabalham para o Estado? Pelos números actuais, o cidadão médio tem de trabalhar já 5 meses só para impostos. Eu considero isto o meio-caminho para a escravatura, ou para o comunismo. Se outros pensam diferente, reservo-lhes o direito a tal, mas não ao controlo da minha vida, liberdade e capital para levarem a cabo as suas "soluções milagrosas". Para isso, usem o próprio capital - monetário, proprietário ou intelectual! Mas deixem o meu em paz. Não me peçam nada, eu nada pedirei também... Neste acordo voluntário concordo coexistir; caso contrário, mais nenhuma solução vislumbro, senão partir.
Tuesday, 6 April 2010
As esponjas por vezes não resultam...
Sei que o Papa pouco terá a ver com os casos de pedofilia em meio clerical, tão badalados neste momento na Imprensa, e não estará directamente envolvido em qualquer abuso.
Contudo, considero irresponsável e presunçosa a ideia de que os casos ocorridos dentro da Igreja sejam tratados internamente, como se nenhum crime tivesse ocorrido. A minha opinião é que, sabendo da ocorrência de um acto destes, a missão da Igreja seria levar o responsável à Justiça, em defesa do inocente e indefeso que suportou o abuso. Ao encobrir, transferir, esconder e tapar tudo com a capa do "perdão", permitiu-se a repetição da situação, como é normal no caso destes doentes...
A missão dos sacerdotes, e de todos os cristãos, está bem definida no Evangelho. Ao não denunciar de imediato estas bestas com pele de padre, a Igreja maculou-se, sujou o nome de Cristo e manchou, se calhar irremediavelmente, a imagem futura da instituição que também é nossa. Se, enquanto bispo, Ratzinger abafou qualquer caso, mesmo que apenas um, de abuso de menores, EU EXIJO COMO CRISTÃO CATÓLICO QUE ELE RESPONDA PERANTE A JUSTIÇA, pois, como Jesus faria, ponho-me do lado da vítima indefesa, e não do lado de qualquer instituição humana.
Na hora de agir segundo Cristo, muitos bispos falharam. Estamos agora a colher o fruto dos seus erros. Com certeza não o teríamos de fazer se, desde o topo, a coerência com a Mensagem fosse irrevogavelmente constante.
Contudo, considero irresponsável e presunçosa a ideia de que os casos ocorridos dentro da Igreja sejam tratados internamente, como se nenhum crime tivesse ocorrido. A minha opinião é que, sabendo da ocorrência de um acto destes, a missão da Igreja seria levar o responsável à Justiça, em defesa do inocente e indefeso que suportou o abuso. Ao encobrir, transferir, esconder e tapar tudo com a capa do "perdão", permitiu-se a repetição da situação, como é normal no caso destes doentes...
A missão dos sacerdotes, e de todos os cristãos, está bem definida no Evangelho. Ao não denunciar de imediato estas bestas com pele de padre, a Igreja maculou-se, sujou o nome de Cristo e manchou, se calhar irremediavelmente, a imagem futura da instituição que também é nossa. Se, enquanto bispo, Ratzinger abafou qualquer caso, mesmo que apenas um, de abuso de menores, EU EXIJO COMO CRISTÃO CATÓLICO QUE ELE RESPONDA PERANTE A JUSTIÇA, pois, como Jesus faria, ponho-me do lado da vítima indefesa, e não do lado de qualquer instituição humana.
Na hora de agir segundo Cristo, muitos bispos falharam. Estamos agora a colher o fruto dos seus erros. Com certeza não o teríamos de fazer se, desde o topo, a coerência com a Mensagem fosse irrevogavelmente constante.
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