Mais uma vez, este governo adoptou a sua táctica favorita: deitou os ossos e viu se os cães estavam atentos. Felizmente estavam! Em consequência, o Partido Socialista recuou na proposta inicial acerca das nacionalizações. Mas o mais importante, embora este volte-face seja algo que permite mais uma prolongada expiração de alívio pelo amante da liberdade e pela preservação do fruto do trabalho (a propriedade), é que o homem por trás da cortina, o eterno amante do Estado-Todo-Poderoso que nunca mostra a sua cara, está bem presente e apenas à espera da sua oportunidade para dar a volta à sua maneira, pegando no volante e pondo o povo no lugar que acha ser mais conveniente - o assento no banco de trás, com banquinho elevatório!
Note-se o perverso que é o discurso de sócrates, ao assumir que "decidir nacionalizar é um acto legítimo do Governo". ALGUÉM SE IMPORTA DE REPORTAR A ESTE SENHOR O FIM DO GONÇALVISMO?!? A decisão do que fazer à propriedade é da inteira responsabilidade do seu detentor. Se algum cidadão for de alguma forma lesado por gestão danosa, deve ter a forma legal de lutar pelos seus direitos, assim como todo o cidadão deve ter o direito a sofrer as consequências das suas escolhas, sejam elas andar de bicicleta ou aplicar o seu dinheiro numa instituição financeira, opções que envolvem sempre riscos, dos quais o cidadão deve estar ciente ao optar. Não somos crianças; não nos deixemos tratar como tal!
É necessário fazer algo, e esse algo é impedir que marxistas tomem o poder, corrompam a democracia e transformem o nosso país num exemplo sul-americano na Europa, e a porta europeia para a influência governativa e económica chinesas. O dia chegará em que o calor de um dia de sol não será suficiente para aquecer as esperanças dos que prezam a vida pessoal e a sua independência. E esse dia já esteve tão mais longíquo do que hoje está...
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