Quando a educação é controlada pelo Estado, e o objectivo primeiro dos homens que comandam a nação é o seu bem pessoal (manutenção de remunerações elevadas, regalias e poder de decisão), é de seu interesse que as gerações futuras pensem sempre que a sua actuação é a mais correcta (e ultimamente a única válida para as várias situações que se apresentam aos políticos de hoje), considerando-os e aos seus seguidores a melhor escolha, em detrimento de qualquer detractor das suas opções. Detrioram-se as condições, degrine-se a imagem dos agentes educativos, cria-se a ideia de que opção ministerial é inviolável, inquestionável e isenta de qualquer erro ou alternativa; contrabalança-se com discursos demagógicos de suposta melhoria da qualidade, inserção de instrumentos tecnológicos a granel, sem formação nem compensações temporais ou curriculares que permitam a sua real exploração educacional e desta forma 'se remexe o pó', na esperança que o votante não distinga a incompetência nas entrelinhas de discursos propagandistas e falsos, desleais, hipócritas e caluniosos.
Assim (como se assiste neste momento na Venezuela), a lavagem cerebral é efectuada desde o topo, e por lei impedidos os "Encarregados de Educação" de intervir e manifestar-se contra algumas orientações e conteúdos presentes nos programas escolares, optando por currículos mais condizentes com a Educação completa que pretendem para os seus educandos. Dou como exemplo a quase abolição da História Portuguesa entre 1926 e 1974 dos programas do 1º ciclo do Ensino Básico, medida que apenas contribui para a analfabetização histórica das nossas crianças, e consequentemente das gerações futuras, numa idade em que o seu interesse não se fixa exclusivamente num qualquer programa de TV. Desaproveitar as férteis e sedentas mentes destas crianças para lhes ensinar os exemplos históricos torna-os depois deficientes em bases para compreender o panorama político em que estão inseridos. Se o Ensino é feito em níveis gradualmente mais altos de dificuldade, abordando sempre os mesmos assuntos, então se não se aborda um certo período tão importante da nossa História, dando-lhe o ênfase que merece e a explicação que necessita, eles consideram-no um assunto menor, quando é precisamente o nosso marco de totalitarismo, o nosso exemplo mais recente do que evitar em termos legislacionais. A liberdade não é apenas um conceito, é um modo de vida! Esta é a lição de Abril, que hoje se tenta apagar!
Mas não interessa formar, porque não se quer uma população informada; quer-se sim um seguidismo político cego, em que a diferença social é aceite, mas não a diferença política, em que a questão da imprensa é apelidada de injuriosa. Quem está livre de culpas, não foge das questões, venham elas da imprensa ou da Justiça. Mas desta última o nosso Primeiro-Ministro descansa, porque sabe que este é um ramo seco e inerte enquanto ele se mantiver no poder.
Assim (como se assiste neste momento na Venezuela), a lavagem cerebral é efectuada desde o topo, e por lei impedidos os "Encarregados de Educação" de intervir e manifestar-se contra algumas orientações e conteúdos presentes nos programas escolares, optando por currículos mais condizentes com a Educação completa que pretendem para os seus educandos. Dou como exemplo a quase abolição da História Portuguesa entre 1926 e 1974 dos programas do 1º ciclo do Ensino Básico, medida que apenas contribui para a analfabetização histórica das nossas crianças, e consequentemente das gerações futuras, numa idade em que o seu interesse não se fixa exclusivamente num qualquer programa de TV. Desaproveitar as férteis e sedentas mentes destas crianças para lhes ensinar os exemplos históricos torna-os depois deficientes em bases para compreender o panorama político em que estão inseridos. Se o Ensino é feito em níveis gradualmente mais altos de dificuldade, abordando sempre os mesmos assuntos, então se não se aborda um certo período tão importante da nossa História, dando-lhe o ênfase que merece e a explicação que necessita, eles consideram-no um assunto menor, quando é precisamente o nosso marco de totalitarismo, o nosso exemplo mais recente do que evitar em termos legislacionais. A liberdade não é apenas um conceito, é um modo de vida! Esta é a lição de Abril, que hoje se tenta apagar!
Mas não interessa formar, porque não se quer uma população informada; quer-se sim um seguidismo político cego, em que a diferença social é aceite, mas não a diferença política, em que a questão da imprensa é apelidada de injuriosa. Quem está livre de culpas, não foge das questões, venham elas da imprensa ou da Justiça. Mas desta última o nosso Primeiro-Ministro descansa, porque sabe que este é um ramo seco e inerte enquanto ele se mantiver no poder.
No Estado Novo também se aceitava alguma diferença social, mas não a opção política e a imprensa livre; também a Justiça era definida pelos governantes da nação, não pela lei isenta e equalitária. Vira o disco, toca o mesmo; porque no fim de contas, o poder não muda, apenas a cara de quem ocupa o mesmo assento...
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