
Voltando ao aquecimento global, perdão alterações climáticas, este é o perfeito assunto unificador. Mais forte do que qualquer argumento totalitário, pois envolve todos os seres vivos terrestres da forma mais vaga possível, tem ainda o factor terrificador da desgraça global como mote para conduzir toda a manada humana às decisões socio-políticas de uma elite de Iluminados. O argumento "Ou estás connosco ou estás contra a Terra" está constantemente presente; em que é que difere da sua utilização por ex-líderes não faço ideia.
Uma coisa eu sei: propaganda é propaganda, e esta é sempre má pois conduz à doutrinação. Se optassem por campanhas de sensibilização, tentando que os indivíduos alterassem volutariamente o seu modo de vida sem que leis fossem modificadas ou criadas, e os produtos não encarececem só por pertencer a uma lista negra, eu concordaria com o ambientalismo. Era saudável, respeitador e tolerante relativamente à liberdade de decisão individual. Contudo, o que verifico é que, sem provas concretas, e mesmo face a evidências contrárias ao que afirmam os crentes da doutrina Gore, as decisões políticas vão sendo tomadas, os acordos vão sendo assinados, e o direito à decisão e à plena posse e uso da propriedade vão sendo postos em causa.
A sugestão do Cap & Trade na América é um exemplo. Porque hão-de ser as empresas forçadas a comprar licenças para usufruir do que não é de ninguém, quando, pela lógica capitalista, deviam era ser obrigadas a respeitar a propriedade alheia, não a poluindo (porque não sendo o ar de ninguém, acaba por ir danificar a propriedade física de outrém)? Porque não se há-de simplesmente realizar controlo positivo, beneficiando as empresas que apostem no desenvolvimento de novas fontes energéticas deixando-as criar fundações para esse efeito, sem fins lucrativos (castigando severamente as eventuais fraudes)? Porque há-de ficar uma grande contribuidora da campanha do presidente americano responsável pela venda dessas licenças, ou ter acesso à sua maioria ganhando assim o monopólio sem sequer competir (falo da GE)? Porque não se há-de apenas subir no mercado pela conquista da confiança do cliente, sem intervenção do Estado, à boa maneira americana?
O segredo do Espírito Americano sempre foi a liberdade de criar, e como em nenhum outro lado no mundo este floresceu (provavelmente por divergências de mentalidades), todo o Ocidente parece agora fixar a sua frustração na aniquilação desse mesmo espírito de livre iniciativa, afogando-o em globalismo e sentimentos de culpa! Já foi tentado antes, e como dantes esta tentativa de esventrar a Liberdade falhará. A minha dúvida é se as lágrimas de alegria quando tal acontecer, serão minhas ou se terão de ser as do meu filho ou neto por eu já cá não estar...
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