George Orwell, em 1984, fala-nos em música inteiramente feita por computador como medida de controlo da criatividade humana. Ao ler, a ideia parece ridícula, pois o nosso primeiro pensamento é que apenas o espírito humano é capaz da criação de arte, no sentido musical.
Mas heis que o Homem consegue sempre transformar em realidade as piores previsões feitas pelos seus visionários.
Se os nossos processadores de texto eram já capazes de emendar, ou pelo menos chamar à atenção para erros sintáticos e gramaticais, veio agora a nova vaga: a música feita por computador. Tim Blackwell, usando o "Método de Swarm Intelligence", consegue já obter resultados musicais, sendo para ele "música" definida como "a pattern of sounds in time."
Se ao primeiro contacto, o ritmo nos assemelha algo disconexo, a verdade é que se aproxima bastante do estilo progressive jazz que tantas vezes se ouve nos clubes com concertos in loco. E se trocarmos digitalmente o som electrónico do computador por um semelhante a um instrumento musical, torna-se indistinguível a fonte da melodia que ouvimos.
Parece que é mesmo possível pelo menos uma máquina igualar a criatividade humana. A que prazo só depende de nós, mas alguns de nós parecem apostados em encurtar o prazo. E daí até à Inteligência Artificial ganhar autonomia e compreender o quanto podemos ser prejudiciais para a SUA sobrevivência, vai apenas um passo.
Embora um sonho desvairado de James Cameron, Spielberg e dos irmãos Washowski, esta realidade aproxima-se a uma velocidade alucinante!
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