Aqui vai algumas coisas que já aprendi e percebi do que se anda a passar financeira, social e politicamente por terras americanas, mas que nos afecta directa, indirecta e enviosadamente! É longo, mas penso que esclarece muitos pontos soltos...
Relativamente aos bancos serem "obrigados" a dar empréstimos mesmo quando não é no seu melhor interesse, mesmo quando os beneficiários não podem apresentar as garantias exigíveis de maneira a evitar crédito malparado, aqui fica a lei que os força, desde 1977, a ceder dinheiro mesmo contra as regras de prevenção criadas para evitar falhas no pagamento dos empréstimos.
A lei é a Community Reinvestment Act.
A lei é de 1977, da penúltima vez que houve maioria suficiente nas duas câmaras do congresso sem recorrer a negociações, e esta era do Partido Democrata. Foi portanto este partido, ao criar esta lei, que criou um sistema de crédito fácil artificial que levou por fim ao fenómeno chamado House Boom and Bust (sugiro o livro de Thomas Sowell, o homem que inspirou o filme The Pursuit of Hapiness). Este fenómeno caracteriza-se por um inflaccionamento exponencial do preço das propriedades até um certo pico, de onde começam a cair vertiginosamente. O preço cresce enquanto a procura é alta, pagando-se pela mesma propriedade cada vez mais dinheiro, até ao ponto em que começam a falhar os pagamentos. Aí, o pessoal que não consegue vender põe as casas no mercado a um preço inferior às outras, e pelo efeito dominó começam a ser vendidas casas a preços inferiores às hipotecas feitas aos bancos. As famílias fazem-no na tentativa de não perder tudo o que já investiram, mas o que acontece é que com esta situação ruiu o sector imobiliário e o bancário (porque as pessoas não conseguiram pagar as hipotecas nem vender as casas), que ficou com as casas mas sem o dinheiro, mas ainda assim com astronómicas dívidas ao Banco Federal pelo dinheiro pedido para emprestar aos seus clientes, que entretanto não pagaram.
Como não podem pagar em propriedade ao Banco Federal, foram salvos primeiro pelo Bailout do George W. e do Paulson, e depois pelo Bailout maior do Obama e do Geithner. E o que fizeram as duas administrações? Pegaram no dinheiro que tiveram de pedir ao FED (com juros associados), deram-nos aos bancos para estes continuarem a dar provimento à CRA, mas estes o que fizeram foi pagar com esse dinheiro a sua dívida ao mesmo FED que entregou esse mesmo dinheiro ao Governo Federal. Os bancos ficaram sem dívida, mas o Governo Federal assumiu uma que não tem nem terá capacidade de pagar. Segundo os analistas, só se o dólar sofrer uma desvalorização tal que levará o dólar para níveis de inflação próximos do Zimbabwe!
Por mais recambolesco que toda esta situação possa parecer, não é toda a realidade. A isto soma-se o facto de grande parte do dinheiro do segundo estímulo ter sido já impresso sem recurso a empréstimos estrangeiros (porque a China se recusou a emprestar mais, e já começou a pedir que a dívida seja transformada em potencialidade de aquisição de terreno), o que implica que toda esta estratégia foi já pensada prevendo uma futura desvalorização da moeda americana, e isso é maquiavélico, pois revela que o Governo deliberadamente escolheu desvalorizar as economias de cada cidadão em prol dos grandes bancos, de maneira não os deixar cair. Mas isso não será uma surpresa para quem souber que uma empresa de financiamento como a Goldman Sachs tem e teve na Administração perto de 10 dos seus directores, a trabalhar directamente com as duas administrações.
Porque é que isto nos interessa?
Relativamente aos bancos serem "obrigados" a dar empréstimos mesmo quando não é no seu melhor interesse, mesmo quando os beneficiários não podem apresentar as garantias exigíveis de maneira a evitar crédito malparado, aqui fica a lei que os força, desde 1977, a ceder dinheiro mesmo contra as regras de prevenção criadas para evitar falhas no pagamento dos empréstimos.
A lei é a Community Reinvestment Act.
A lei é de 1977, da penúltima vez que houve maioria suficiente nas duas câmaras do congresso sem recorrer a negociações, e esta era do Partido Democrata. Foi portanto este partido, ao criar esta lei, que criou um sistema de crédito fácil artificial que levou por fim ao fenómeno chamado House Boom and Bust (sugiro o livro de Thomas Sowell, o homem que inspirou o filme The Pursuit of Hapiness). Este fenómeno caracteriza-se por um inflaccionamento exponencial do preço das propriedades até um certo pico, de onde começam a cair vertiginosamente. O preço cresce enquanto a procura é alta, pagando-se pela mesma propriedade cada vez mais dinheiro, até ao ponto em que começam a falhar os pagamentos. Aí, o pessoal que não consegue vender põe as casas no mercado a um preço inferior às outras, e pelo efeito dominó começam a ser vendidas casas a preços inferiores às hipotecas feitas aos bancos. As famílias fazem-no na tentativa de não perder tudo o que já investiram, mas o que acontece é que com esta situação ruiu o sector imobiliário e o bancário (porque as pessoas não conseguiram pagar as hipotecas nem vender as casas), que ficou com as casas mas sem o dinheiro, mas ainda assim com astronómicas dívidas ao Banco Federal pelo dinheiro pedido para emprestar aos seus clientes, que entretanto não pagaram.
Como não podem pagar em propriedade ao Banco Federal, foram salvos primeiro pelo Bailout do George W. e do Paulson, e depois pelo Bailout maior do Obama e do Geithner. E o que fizeram as duas administrações? Pegaram no dinheiro que tiveram de pedir ao FED (com juros associados), deram-nos aos bancos para estes continuarem a dar provimento à CRA, mas estes o que fizeram foi pagar com esse dinheiro a sua dívida ao mesmo FED que entregou esse mesmo dinheiro ao Governo Federal. Os bancos ficaram sem dívida, mas o Governo Federal assumiu uma que não tem nem terá capacidade de pagar. Segundo os analistas, só se o dólar sofrer uma desvalorização tal que levará o dólar para níveis de inflação próximos do Zimbabwe!
Por mais recambolesco que toda esta situação possa parecer, não é toda a realidade. A isto soma-se o facto de grande parte do dinheiro do segundo estímulo ter sido já impresso sem recurso a empréstimos estrangeiros (porque a China se recusou a emprestar mais, e já começou a pedir que a dívida seja transformada em potencialidade de aquisição de terreno), o que implica que toda esta estratégia foi já pensada prevendo uma futura desvalorização da moeda americana, e isso é maquiavélico, pois revela que o Governo deliberadamente escolheu desvalorizar as economias de cada cidadão em prol dos grandes bancos, de maneira não os deixar cair. Mas isso não será uma surpresa para quem souber que uma empresa de financiamento como a Goldman Sachs tem e teve na Administração perto de 10 dos seus directores, a trabalhar directamente com as duas administrações.
Porque é que isto nos interessa?
- Porque vários bancos europeus tinham dinheiro investido no imobiliário americano e sofreram perdas astronómicas
- porque a crise real ainda não terminou, pois o que começou no imobiliário arrastou-se até outros sectores da economia, como o ramo automóvel
- pois se não tens dinheiro para pagar a casa, ou se os teus investimentos no banco estavam no imobiliário, não tens capital para comprar carro novo
- porque se as casas estão no mercado a preços da chuva, não compensa às empresas de construção apostar em construir mais
- porque se o desemprego aumenta, ninguém pode comprar nada, pelo que não podemos contar com o mercado americano para exportar os produtos europeus
- porque a impressão de dinheiro pelo FED americano desvaloriza as moedas em todo o globo, pois todos têm dinheiro emprestado aos EUA
Então não é melhor apostar em investimento do Estado para recuperar a economia? NÃO, porque o esse investimento é inquinado, um presente envenenado! Para o fazer, tem de ser pedido mais dinheiro, mais ainda do que já se deve, e a sua aplicação nunca é justa, nunca é livre de influências. Mas o que fez esta administração americana?
- Pediu ainda mais dinheiro, que foi criado a partir do nada
- nacionalizou uma empresa de construção automóvel, a GM (deixando na merda a Ford, por exemplo, que agora vai ter de competir financeiramente com o próprio Estado)
- aliou-se estrategicamente à GE (deixando empresas menores, mas pioneiras nas energias alternativas, a competir contra o gigante sugador dos estímulos financeiros do Estado)
- na aliança com a GE, beneficiou da detenção por esta de diversas estações de comunicação (como a NBC e a MSNBC), que desde a campanha tem apoiado este presidente e as suas iniciativas, e agora se abstém de o criticar
- desviou fundos do Estado para financiar iniciativas sindicais, nomeadamente do SEIU (um dos seus antigos patrões), os quais definem agora quase metade dos directores da GM
- apoiou a atribuição do Census, com os respectivos apoios financeiros, a uma organização que está indiciada por quase 30 crimes de fraude eleitoral, por entrega de registos eleitorais fraudulentos e duplicados. Essa organização, o outro antigo empregador de Obama e seu financiador durante a campanha, é a ACORN.
- Obama escolheu para a sua equipa na Casa Branca pessoas com passado em grupos radicais, tais como a STORM, a Students for a Democratic Society (que deu origem a duas outras organizações - a já referida ACORN e a Weather Underground, que entre outras acções colocou uma bomba no Pentágono)
- vários congressistas democratas foram até Cuba, de onde regressaram maravilhados com Fidel, a sua luta e a revolução democrática
- outros responsáveis da Casa Branca , como Mark Lloyd, têm falado à boca cheia de Chavéz, dando vivas à sua revolução e à forma como pôs na ordem a imprensa venezuelana
- contratou para responsável pelos dinheiros de investimento em "empregos verdes" um autoproclamado comunista, fundador da organização STORM, que defende, entre outras coisas, que os brancos, mesmo os ambientalistas, estão a desviar venenos e poluentes para as comunidades negras e que um criminoso que matou um polícia e foi condenado por um tribunal, deve ser libertado; este senhor é Van Jones
- ou ainda um outro responsável que defende, em discussões académicas, que os ratos que vivem nas casas americanas devem poder defender-se em tribunal, com representação legal paga pelo Estado, a fim de evitar o despejo do seu lar; também defende que deve ser criado um imposto sobre o povo americano, para depois distribuir pelos países pobres, com fins de distribuição de riqueza; defende também que não é necessário alterar legislação para alterar comportamentos individuais, mas que devem ser criados mecanismos (como certas taxas) para levar os cidadãos a agir mais de acordo com o pretendido pelo Estado. Este senhor é Cass Sunstein
- contrata para responsável pela ciência um indivíduo que defende academicamente cuidados de saúde diferenciais para população activa e não-activa, devendo-se investir mais recursos no tratamento da população activa, visto que os mais novos podem ou não vir a contribuir, e os mais velhos já não contribuem, pelo que são dispensáveis; defende ainda que certos nichos da população onde a pobreza seja crónica podem ser submetidos a esterilização forçada, tendo em vista o Bem Comum. Este senhor é John Holdren
- abre uma guerra com uma estação de televisão, acusando-a de transmitir apenas difamações e mentiras, mas escusando-se a contrapor as acusações, não as desmentindo e evitando-as só por serem veiculadas pela estação em causa
- toma certos comentadores políticos como alvos, apelidando-os de falaciosos, mas recusando-se sempre a sequer desmentir as acusações feitas
- contrata uma pessoa para monitorizar todas as transmissões da dita estação; contudo, dispensa uma linha directa criada propositadamente para, em directo, desmentir qualquer acusação de que certas pessoas da Administração são alvo. A estação é a Fox News, e a pessoa contratada é Anita Dunn, que em Junho deste ano discursou para alunos finalistas de liceu, revelando-lhes a sua admiração pela filosofia de Mao Tse Tung (sim, o ditador chinês responsável por 70 000 000 de mortos)
Muito mais existe de certeza, como em qualquer administração, em qualquer parte do Mundo. Mas o que está em causa não é se este é um pior presidente do que outros, ou se ele tem ou não o direito de ser o presidente da ex-maior economia do planeta. Pode parecer que misturei questões políticas com económicas, mas não é por acaso. A aposta em certas pessoas denota um certo rumo escolhido, um caminho que não guia à prosperidade, mas à dívida cada vez maior. Roosevelt teve sorte no seu New Deal, pois não teve de pagar os estímulos que inseriu na economia. Estes foram pagos durante a guerra pela exportação para a Europa de bens essenciais no início da 2ª Guerra, e pelas compensações pagas pela Alemanha derrotada, no pós-Guerra. O controlo do Japão derrotado e o aproveitamento da mão de obra barata deste povo altamente produtivo contribuiu também para os EUA saldarem as suas contas. Mas agora não há nenhuma guerra curadora à vista, a guerra no Afeganistão já dura à mais tempo do que a 2ª Grande Guerra e está a esgotar recursos, o Iraque não estará resolvido tão cedo, além de todas as estações militares americanas no globo, da Coreia à Alemanha.
A questão põe-se:
A questão põe-se:
- na vassalagem que é prestada por todos os governantes do mundo ocidental a este homem
- o que lhe fará tanta bajulação (todo aquele que experimenta o poder sendo idolatrado tende a ficar viciado nele, e a considerá-lo um direito);
- qual o efeito psicológico comulativo que tem um prémio Nobel atribuído no início de funções;
- qual a mensagem que enviamos ao futuro da Humanidade quando ensinamos que alguém que mantém duas guerras, bombardeou já um terceiro país (Paquistão) e enviou já ameaçou um quarto de que, ou obedece ou cai (Irão), é merecedor do maior prémio de promoção da Paz.
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