Hoje a parangona do JN é mesmo adequada à nossa situação. Eu tinha pensado chegar aqui e desancar no senhor Van Zeller, mas não vale a pena. A perspectiva que se nos apresenta é mais profunda, mais grave, mais intrinsecamente destrutiva. Sugeriu ele, numa conferência ontem dada, que face à crise em que o país está mergulhado, e por causa das empresas estarem numa situação económica muito difícil, a solução passa por aumentar os impostos. Que salvação haverá para este país quando ATÉ O "SINDICATO" DOS PATRÕES pede aumento dos impostos?!?
Será que serve a algum empresário pedir ao Governo para aumentar a carga fiscal, AO MESMO TEMPO que se aconselha não subir salários? Será que baixar o poder de compra da população aprouva a qualquer empresa? Olhemos para o caso do ponto de vista lato. A situação sugerida por Van Zeller traz benefícios, mas não a curto prazo. E pode ajudar a macro-economia, mas a que preço?
Se as sugestões forem adoptadas, sai beneficiado o grande empresário, nomeadamente o grande contribuinte do PS, Belmiro de Azevedo. Saem também beneficiados todos os que podem sustentar uma crise por um tempo definido, até que a concorrência, por ser demasiado pequena, caia e deixe de concorrer. O senhor Van Zeller, ele próprio um grande empresário, não está nestas sugestões a defender o interesse dos muitos empresários ainda sobreviventes no país; defende apenas um grupo limitado deles, à melhor imagem fascista, que em conjunto com o Governo se preparam para delinear estratégias da macro-economia, que sempre deixam para trás aqueles que Marx apelidava de petits bourgeois, e que foram o tema mais falado e criticado da última camapanha eleitoral. Nada mais, nada menos que as PME's. Com a vitória de quem nem as referiu na campanha, os grandes empresários sentiram ser hora de desferir o ataque naqueles que vão dando bicadas pequenas naquilo que consideram seu.
E adivinhe-se quem paga mais uma vez a factura...
Será que serve a algum empresário pedir ao Governo para aumentar a carga fiscal, AO MESMO TEMPO que se aconselha não subir salários? Será que baixar o poder de compra da população aprouva a qualquer empresa? Olhemos para o caso do ponto de vista lato. A situação sugerida por Van Zeller traz benefícios, mas não a curto prazo. E pode ajudar a macro-economia, mas a que preço?
Se as sugestões forem adoptadas, sai beneficiado o grande empresário, nomeadamente o grande contribuinte do PS, Belmiro de Azevedo. Saem também beneficiados todos os que podem sustentar uma crise por um tempo definido, até que a concorrência, por ser demasiado pequena, caia e deixe de concorrer. O senhor Van Zeller, ele próprio um grande empresário, não está nestas sugestões a defender o interesse dos muitos empresários ainda sobreviventes no país; defende apenas um grupo limitado deles, à melhor imagem fascista, que em conjunto com o Governo se preparam para delinear estratégias da macro-economia, que sempre deixam para trás aqueles que Marx apelidava de petits bourgeois, e que foram o tema mais falado e criticado da última camapanha eleitoral. Nada mais, nada menos que as PME's. Com a vitória de quem nem as referiu na campanha, os grandes empresários sentiram ser hora de desferir o ataque naqueles que vão dando bicadas pequenas naquilo que consideram seu.
E adivinhe-se quem paga mais uma vez a factura...
No comments:
Post a Comment